FEIRA DA LADRA COM “EDIÇÃO COMO NUNCA”, FALHAS COMO SEMPRE!

Chegou ao fim mais uma edição da 𝐅𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐋𝐚𝐝𝐫𝐚, as festas promovidas pelo Município de Vieira do Minho. Acerca deste evento, que o Presidente da Câmara Municipal disse ter tido “𝘶𝘮𝘢 𝘦𝘥𝘪çã𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢”, há pontos de destaque, sejam eles 𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗼𝘂 𝗻𝗲𝗴𝗮𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀:

1.º Para começar, não posso deixar de parabenizar a opção pelos músicos com raízes na terra: o Ricardo Almeida, d’Os Quatro e Meia, a Filipa Torres e a Mariana Dalot. É importante não perder este 𝗹𝗮𝗰̧𝗼 à 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗽𝗮𝗶𝘀 𝗲 𝗮𝘃ó𝘀. Ainda assim, fiquei triste por, pelo segundo ano consecutivo, terem sido 𝗶𝗴𝗻𝗼𝗿𝗮𝗱𝗼𝘀 𝗼𝘀 𝗴𝗿𝘂𝗽𝗼𝘀 𝗺𝘂𝘀𝗶𝗰𝗮𝗶𝘀 𝗹𝗼𝗰𝗮𝗶𝘀, como a Banda Impaktus, a Banda ROC7 e o Grupo Até Qu’Enfim, que sempre foram parte integrante deste certame.

2.º Outra semelhança com a edição anterior da Feira da Ladra é a antecedência com que se desvenda o tão aguardado programa das festividades. Sendo a Feira da Ladra um marco no ano do nosso Município, que deve atrair “𝘮𝘪𝘭𝘩𝘢𝘳𝘦𝘴 𝘦 𝘮𝘪𝘭𝘩𝘢𝘳𝘦𝘴” de forasteiros, é 𝗶𝗻𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗲𝗲𝗻𝘀í𝘃𝗲𝗹 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗰𝗮𝗿𝘁𝗮𝘇 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮 𝘀𝗶𝗱𝗼 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗮𝗱𝗼 𝗽ú𝗯𝗹𝗶𝗰𝗼 𝗮 𝟮𝟴 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝘁𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼, com o início do certame agendado para 5 de outubro.

3.º Apesar de tudo, o Presidente do Município “puxa dos galões”, dizendo ter recebido, pelo segundo ano consecutivo, “𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘦 300 𝘮𝘪𝘭 𝘷𝘪𝘴𝘪𝘵𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴” na Feira da Ladra. Duas edições, 𝗼 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗻𝘂́𝗺𝗲𝗿𝗼 𝗲𝘅𝗼𝗿𝗯𝗶𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘀𝗶𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀. Não se trata de um número realista se o compararmos àquela que é 𝗮 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿 𝗳𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗿𝘂𝗮 𝗱𝗼 𝗽𝗮𝗶́𝘀: a 𝗙𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀, no concelho de 𝗖𝗵𝗮𝘃𝗲𝘀, leva a si 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗲 𝟱𝟬𝟬 𝗲𝘅𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗼𝗿𝗲𝘀 e uma estimativa que nunca chega aos números apresentados pelo Presidente do Município de Vieira do Minho. Mais perto de nós, ainda, em Braga, os dez dias do S. João, 𝘂𝗺𝗮 𝗱𝗮𝘀 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗿𝗼𝗺𝗮𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹, recebe 𝗮𝗽𝗲𝗻𝗮𝘀 𝟱𝟬𝟬 𝗺𝗶𝗹 𝗽𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝘀. Em Vieira do Minho, 𝗮𝘀 𝗲𝘀𝘁𝗶𝗺𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮𝘀 𝗮 𝗼𝗹𝗵ó𝗺𝗲𝘁𝗿𝗼 𝗳𝗼𝗴𝗲𝗺 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲…

4.º Ao longo dos 5 dias do certame, estive perto das associações e comissões de festas que abriram bares na Praça Guilherme de Abreu. A noite de sábado foi atribulada, com 𝘀𝘂𝗰𝗲𝘀𝘀𝗶𝘃𝗮𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗵𝗮𝘀 𝗻𝗮 𝗲𝗹𝗲𝘁𝗿𝗶𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲, levando a prejuízos a quem trabalhava. Como já referi no passado, a Feira da Ladra deve contar com 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗶𝘀𝘀ã𝗼 𝗼𝗿𝗴𝗮𝗻𝗶𝘇𝗮𝗱𝗼𝗿𝗮 que esteja disponível para resolver atempadamente estes infortúnios, que são normais em qualquer evento. Ainda assim, 𝗻ão é 𝗻𝗼𝗿𝗺𝗮𝗹 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗲𝗺 𝗿𝗲𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀. Talvez, com uma organização séria, as Sociedades Filarmónicas fossem respeitadas durante o concerto da tarde de domingo…

5.º Assisti ao Cortejo Etnográfico com os amigos Pedro Pires, Domingos Cerqueira e António da Nova. É 𝗱𝗲 𝗹𝗼𝘂𝘃𝗮𝗿 𝗼 𝗲𝗺𝗽𝗲𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗝𝘂𝗻𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗙𝗿𝗲𝗴𝘂𝗲𝘀𝗶𝗮, bem como de todos os participantes. Os carros alegóricos trouxeram o que de melhor cada freguesia tem para oferecer, 𝗽𝗿𝗼𝗺𝗼𝘃𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗮𝘀 𝘀𝘂𝗮𝘀 𝘁𝗿𝗮𝗱𝗶𝗰̧õ𝗲𝘀 𝗲 𝗰𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀. Não posso fechar sem parabenizar todos os que tiveram uma participação ativa neste certame. Sem os criadores de animais, produtores locais, comissões de festas, associações, ranchos folclóricos, sociedades filarmónicas ou grupos de bombos, a Feira da Ladra não seria o que é: uma mostra daquilo que é nosso, daquilo que é Vieira do Minho!

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