Hoje, celebra-se o centenário do maior nome literário do nosso país, o único Nobel da Literatura português, José Saramago.
Tenho, em José Saramago, um dos meus autores favoritos, tendo escrito aquele que é o meu livro predileto, “Ensaio Sobre a Cegueira”, de 1995. Atualmente, estou a ler o “Ensaio sobre a Lucidez”, de 2004, tendo já lido “As Intermitências da Morte”, de 2005.
O alentejano, natural da Azinhaga, na Golegã, teve uma breve passagem por terras vieirenses, com destaque para a albufeira da Caniçada, mas sem esquecer a Vernária que outrora havia sido um “bem mais formoso nome” para a nossa terra, fazendo lembrar a Primavera, como descrito na sua obra “Viagem a Portugal”, de 1983.
Encerra-se, com esta efeméride, um ano de comemorações e honras a Saramago, com ações que se multiplicaram por todo o país, com vista à dignificação do seu génio. Vieira do Minho pôs-se à parte desta corrente, não tendo levado a cabo qualquer iniciativa que promovesse o reconhecimento da obra saramaguiana.
Deixar passar em claro tão importantes comemorações é o reflexo da falta de uma programação cultural que promova as artes no nosso concelho. Ao longo de um ano, o centenário de Saramago ocupou a agenda cultural de grande parte do território português, com apoios da Fundação José Saramago e do Ministério da Cultura. Vieira do Minho deixou passar. Seria plausível, até, acoplar este acontecimento às celebrações dos 508 anos da atribuição do Foral Manuelino ao nosso concelho, que solenizaram no dia de ontem.
Um Homem repleto de histórias, com uma escrita que quebrou barreiras, tratando a Língua Portuguesa por “Tu” e que levou Portugal aos mais altos voos da Literatura, Saramago faz 100 anos!