Feira da Ladra 2022

A Feira da Ladra 2022, da organização da Câmara Municipal de Vieira do Minho, findou e é hora de fazer o balanço final desta edição, com pontos positivos e negativos a apontar.

Começo por destacar a escolha dos espetáculos de Bárbara Bandeira e Resistência para as duas primeiras noites do certame. Foram concertos que atraíram, à Praça Guilherme de Abreu, milhares de transeuntes, ainda que fossem destinados a públicos distintos. Esta diversificação musical é necessária para que todos se possam rever num programa que desempenha um papel crucial na atração de forasteiros às terras vieirenses. No entanto, foi parca a aposta na restante atividades nas noites no centro da vila. Foi com surpresa e desapontamento que não vi os grupos musicais locais, como a Banda Impaktus, a Banda Roc7 ou o Grupo Até Qu’Enfim, serem convidados a atuas nas festas concelhias, como sempre aconteceu na Feira da Ladra.

Igualmente se lamenta o escasso investimento na animação noturna destinada aos mais jovens. Este é um certame que deve marcar o ano de Vieira do Minho destacadamente. Os jovens são o garante do futuro da nossa terra e a sua permanência por cá deve ser cuidada. Mais importante do que atrair forasteiros, é dar condições para manter os vieirenses na sua terra. As grandes festas estão sempre associadas a longas noites de convívio e amizade, reencontros e alegria. A Feira da Ladra não pode descurar esta parte tão importante da festa. A programação não se alongou para além das 03h00 em nenhuma das noites, o que penalizou a juventude que contava com muito mais.

Fui também surpreendido pelo facto de não se ter prolongado a festa por mais um dia, tendo em conta que terça-feira seria véspera de um feriado nacional e proporcionaria mais uma noite de animação a todos os vieirenses que aguardam por estes dias ao longo de um ano inteiro.

Devo parabenizar a Cooperativa Agrícola dos Agricultores de Vieira do Minho, CRL pela organização do Dia do Garrano, das Chegas de Bois e do Concurso Pecuário que permitiu mostrar o que de melhor se produz na pecuária da nossa terra, com exemplares de várias espécies autóctones, que devem ser preservadas e defendidas. Destaco, neste sentido, a aprovação de um apoio de 27.000€ em reunião do executivo camarário, com voto favorável dos vereadores do Partido Socialista, com vista ao desenvolvimento de atividades pecuárias na Feira da Ladra.

Foi com surpresa que verifiquei que a programação das festas não contemplava o habitual concurso de mel. Este é um produto com que Vieira do Minho sempre se destacou pela elevadíssima qualidade. Os concursos de mel permitem fomentar o interesse e a aposta na apicultura, mostrando a qualidade da produção de mel nas nossas terras, ajudando ao escoamento do produto.

Não posso, ainda, deixar de dar os parabéns a todos os participantes do Cortejo Etnográfico, salientando a presença e colaboração de todos os presidentes de Junta de Freguesia, que de diversas formas procuraram dignificar as freguesias que representam.

A todos os participantes ativos desta festa – ranchos folclóricos, sociedades filarmónicas, produtores locais, grupos de bombos e comissões de festas, felicito-os pela força e vontade em dinamizar Vieira do Minho.

Denotou-se a necessidade de criação de uma equipa organizadores e responsável pela gestão do evento. A cada momento deste certame, é preciso que haja quem o coordene e se dedique a esta tarefa que é essencial em qualquer festa. Mais ainda se sente esta necessidade quando nos deparamos com uma festa concelhia, como é a Feira da Ladra de Vieira do Minho.

Por fim, lamenta-se que não tenha havido sessão de fogo de artifício de encerramento para finalizar as festividades, como vinha contemplado na programação e pela qual o povo ansiou nas ruas da vila.

Em 2023, lá estaremos, novamente, para viver estas festas que marcam as nossas vidas anualmente!

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