Hoje, 30 de junho de 2022, assinalamos os 1.000 dias desde o início das obras de remodelação da nossa escola Básica e Secundária Vieira de Araújo. Sim, leu bem! As obras na nossa escola arrastam-se, penosamente, há 1.000 dias. E, pior de tudo, não se sabe quando terminam…
A 4 de Outubro de 2019 o Presidente da Câmara montava uma grande operação mediática para assinalar a assinatura do auto de consignação da obra. Dizia, nesse dia, que tudo estava planeado. Na reportagem da VMTV ouvimos pela voz do Presidente da Câmara que “as aulas vão decorrer normalmente e certamente que a obra vai decorrer como planeado”. Se o planeado era isto, estamos conversados…
Convém lembrar que o acordo de colaboração para a escola foi assinado com o Ministério da Educação a 29 de Setembro de 2016. A partir desse dia a Câmara passou a ser responsável pela obra. Após 3 anos, 4 concursos e alterações ao projeto inicial lá se conseguiu arranjar uma empresa para fazer a obra.
O prazo de execução era de 18 meses. Já passaram 32 meses e a obra continua por terminar. Uma palavra: incompetência!
Temos depois a questão financeira. A obra já derrapou quase 400 mil euros! Sim, não é engano! A obra já derrapou 400 mil euros e já foi dito que ainda vai derrapar mais… É a isto que chamam rigor?
A cereja no topo do bolo aconteceu, recentemente, quando a Câmara lança um concurso, por convite, para uma “Fase 2 das Obras de Requalificação da Escola” e decide convidar a mesma empresa para dar preço para a obra.
Quer dizer, a Câmara está tão satisfeita com a qualidade da obra que depois do atraso brutal e do aumento de custos ainda quer continuar a trabalhar com a mesma empresa. Assim, adjudica a segunda fase da obra, à mesma empresa, por mais 700 mil euros. Siga a festa que isto está a correr tão bem!
Depois de tudo isto, em vez ouvirmos o Presidente da Câmara assumir o erro e pedir desculpa, ainda nos tenta convencer que a obra tem sido gerida com grande competência. Efetivamente, é preciso ter muita lata!
A partir de agora ficará na barra lateral do Cidadania Vieirense um contador dos dias que passaram desde o início da obra. Pode ser que se comece a ganhar vergonha!