“A nossa realidade é diferente! Nós, os vieirenses, nós temos uma particularidade, e que nós não copiamos aquilo que os outros fazem. Nós estamos, somos mais proativos e nós fazemos mais do que aquilo que os outros à nossa volta fazem”.
Foi com esta “brilhante” afirmação que o Presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho justificou, aos microfones da Rádio Alto Ave, o não acolhimento da proposta apresentada pelas vereadoras Aurora Marques e Elisa Varanda, de criação de uma plataforma on-line para a comercialização dos produtos da Feira do Fumeiro.
A ideia apresentada pelas vereadoras não é original, é um facto! Outros municípios já o fazem, sim, é verdade.
Mas, sem dúvida, é uma excelente ideia! Disso não tenho qualquer dúvida! Veja-se o caso de Montalegre, que assim consegue manter a marca e a “fama” dos seus produtos, minimizando os enormes impactos negativos que a não realização da Feira está a causar aos produtores.
Acredito que estamos todos de acordo com isto e que a medida apresentada pelas vereadoras deveria ser aprovada e aplicada de imediato. E acrescento, a Câmara Municipal devia assumir os custos de transporte ou de envio dos produtos.
Infelizmente o Presidente da Câmara, do cimo da sua tão autoproclamada humildade, acha que não, acha que “nós fazemos mais do que aquilo que os outros à nossa volta fazem” e, por isso, nada faz!
E a isso chama proatividade? Eu chamo passividade.
Nada faz porque para o Presidente da Câmara Municipal e os seus vereadores, a Feira do Fumeiro é mais uma festa do programa das “festas e festinhas” que tanto gosta(vam) de organizar e pouco mais. O fumeiro, os produtores, a marca, a comercialização, a imagem, a atividade económica que a Feira potencia, pouco ou nada interessa.
Aguardemos então a plataforma VieiraRural, é o que nos resta.