No passado Sábado, 07 de Novembro, na viagem de Braga para Vieira, ouvi na Rádio Alto Ave a “entrevista” feita ao edil de Vieira do Minho, que não passa de um momento de propaganda política, que outros também aproveitaram, porque é mesmo disso que se trata – propaganda.
Da agenda do Município e do seu presidente, propriamente dita, nada me interessa, como munícipe relevam os assuntos que directamente nos digam respeito a todos, enquanto comunidade.
Retive o assunto relacionado com um encontro tido com o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho, uns dias antes, nessa reunião de trabalho foi a Câmara alertada para o estado do “jardim” junto ao quartel, mesmo à entrada da vila – o presidente dos Bombeiros a mostrar serviço, como bem disse numa entrevista que saiu um dia destes no Jornal diário Correio do Minho, está a “ARRUMAR A CASA”, sinal evidente que a Associação, ao contrário do discurso do anterior presidente, foi deixada ao “Deus dará”, “NUMA SITUAÇÃO BASTANTE PERICLITANTE” “COM UMA DIRECÇÃO DEMISSIONÁRIA HÁ MUITO TEMPO”, nas palavras do actual presidente dos Bombeiros.
De facto, o terreno à entrada do quartel dos Bombeiros não lhes pertence, mas foi a Câmara quem tratou de o arranjar antes da inauguração do quartel, desde então nunca mais tratou do mesmo, há alturas do ano que é uma autêntica vergonha, um paul, como aconteceu no Verão passado, tendo sido cortado o feno à pressa, por um bombeiro, precisamente, nas vésperas da tomada de posse dos elementos dos actuais órgãos sociais (se alguém tiver dúvidas, tenho fotos que comprovam o que escrevo).
Já no passado recente, e antes, mais ainda, eu próprio alertei para o descuido daquele espaço, como escrevi, se as equipas da jardinagem da Câmara fazem a manutenção do jardim em frente ao supermercado Pingo Doce, e bem, também deveriam atender ao espaço junto ao quartel dos Bombeiros, mas nada, nem água lá foi colocada para a rega!
Pelos vistos, desta vez o pedido teve acolhimento, o que desde logo muito me agrada, como se costuma dizer, “água mole em pedra dura, tanto bate que fura” e, nessa matéria, tenho dado água que chegue!
No mesmo propósito e aproveitando a sugestão (ou o pedido) da direcção dos Bombeiros – a anterior não teve água com força suficiente para furar as “pedras duras” – o edil anunciou que vai estudar também o arranjo do espaço envolvente da rotunda dos Bombeiros, concretamente , o terreno lateral onde passa o passeio a que chamam de ciclovia e que termina num buraco, com entrada directa para a EN304.
Acho muito bem, já agora, aproveitem e estudem também a possibilidade de retirar as duas imagens de cimento (ou algo parecido) que estão apeadas no centro da rotunda. Quem não conhece a terra e bate de frente, perdoem-me, com dois “bonecos” pintados de branco, logo dirão que se trata de uma terra de “parolos”. Francamente, já o escrevi neste espaço, aquilo não tem dignidade nenhuma, até Deus se rirá de tamanha falta de gosto e de bom senso!
O Cristo Rei de braços abertos, os monumentos que se conhecem estão em pontos altos e estão isolados (Rio de Janeiro, Almada, na ponta do Garajau na Madeira etc.) ao contrário deste, de estatura pequena, apeado, com uma imagem de Nª Senhora ao lado – afinal qual das imagens se quer destacar na entrada da vila sede do concelho de Vieira do Minho? As duas imagens juntas cria confusões às pessoas, apesar de todos sabermos que a Padroeira da terra é a Imaculada Conceição!
Nada tenho com as convicções religiosas dos vieirenses que idealizaram a “obrinha” de exposição das imagens em espaço público inapropriado, mas já tenho contra a aceitação do Município que cedeu à pressão de alguém, de algum clérigo, só poderá ser, afinal de quem foi tão triste ideia? Em Rio Longo poente, com a vontade da população, foi construído nas bermas da Albufeira do Ermal um nicho para albergar uma imagem de Nª Srª de Fátima, mas, desta feita, apresenta-se uma obra com gosto, bem enquadrada, no fundo, um espaço com dignidade, o que não acontece à entrada da vila!
Assim, não importando arranjar situações melindrosas para ninguém, criar constrangimentos à Igreja ou ferir susceptibilidades de alguém, estudem um local para as imagens no tal terreno, algo que não humilhe a religião por tal desprezo dos homens pelas suas “imagens” de referência: Cristo e Nossa Senhora.
Sobre esta matéria já falei diversas vezes com as mais variadas pessoas, algumas delas mais católicas do que eu! Uma dessas pessoas, numa só palavra resumiu o que representam aquela duas imagens pintadas de branco à entrada principal da Vila: MISERÁVEL.
Não levem a mal, não quero ofender quem entende que assim está muito bem, não concordando terei de respeitar, mas, na minha opinião e no mesmo espaço das duas imagens, ficava muito bem uma peça metálica (inox ou ferro) com a silhueta da estátua do “O Homem e a Serra”, na verdade, um símbolo que muito diz sobre a nossa terra.
Aproveitem a ideia!