DEMOLIÇÃO, NÃO!

Como é consabido, decorrem as obras de remodelação da Escola EB2+3 de Vieira do Minho, com atrasos, dizem, justificados, estando a ser edificado um bloco de raiz, que será a novidade da obra. Também já se assume que as derrapagens, no valor final da obra, serão inevitáveis, portanto, será pago um valor total muito diferente do valor de adjudicação da obra ao empreiteiro de Felgueiras.

Bom, estas matérias deverão ser debatidas em sede própria e por quem de direito, não é essa a razão deste artigo.

Sabe-se que o bloco dos serviços administrativos da antiga Escola Preparatória Vieira de Araújo, que todos conhecemos por Ciclo, com salas de aula, sanitários, arrecadações, e outros compartimentos, não será alvo de qualquer intervenção, sendo um edifício a mais no projecto de requalificação da escola (unificada) EB2+3 de Vieira do Minho, prevendo-se a sua DEMOLIÇÃO.

Sim, o fim do edifício acima fotografado (a foto terá duas ou três semanas) poderá passar pela sua demolição, caso os vieirenses não se imponham contra tal, a acontecer, será um acto irresponsável e inqualificável!

Vieira do Minho não se pode dar a esse luxo, de demolir o que poderá fazer falta para outras utilidades, quando o edifício ainda se apresenta com muita dignidade, poderá necessitar de uma nova cobertura e melhoramentos interiores, mas a estrutura, disso não tenho dúvidas, dará garantias de muita maior longevidade.

Será que ninguém pensou numa utilidade futura para este edifício? Olhem, desde logo, poder-se-ia equacionar para aquele espaço uma escola para deficientes e para o ensino especial, afinal, há alunos do concelho a ser transportados para outras localidades, incluindo Braga. Se não for viável, sempre poderia ali instalar-se a Escola de Música ou Academia de Música que, face à proximidade à escola pública, estaria melhor localizada que nas antigas instalações da Casa do Povo.

Se nenhuma destas soluções para o espaço for considerada de interesse, pense-se, por exemplo, num espaço para o Associativismo, para as diversas colectividades ali puderem ter uma sede social… Demolir é que não, pelo menos deixem ficar como está, assim, não será hipotecada a possibilidade de, no futuro, outros responsáveis autárquicos com mais rasgo, darem uma boa utilidade ao bloco por onde passámos tantos Vieirenses.

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