A propósito da pandemia do COVID-19 o município de Vieira do Minho anunciou um conjunto e medidas económicas inseridas num plano de “reação municipal” que pretende diminuir os impactos económicos negativos nas famílias, empresas e instituições.
A devolução da percentagem de 5% do IRS aos munícipes e a isenção da de cobrança de derrama às empresas com faturação inferior a 250 mil euros, foram as principais medidas anunciadas.
Concordo em absoluto com a aplicação destas medidas, nomeadamente com a devolução dos 5% do IRS. Aliás, entendo que esta medida se devia ter mantido durante os 7 anos que medeiam entre o fim do mandato autárquico do PS e o último ano dos dois mandatos do PSD.
Por isso, registo com muito agrado, a enorme mudança de opinião do atual presidente da Câmara e do vereador que antes eram frontalmente contra e muito críticos desta opção política.
No entanto, estas medidas apenas terão impacto na vida das pessoas e das empresas no segundo semestre de 2021! Sim, em 2021! Como tal, serem anunciadas como medida de apoio no âmbito do COVID não teve outra intenção que não seja a da habitual propaganda municipal.
No entanto, a realidade é outra e as famílias, os comerciantes e os empresários vivem hoje tempos de enorme dificuldade. É agora, no tempo presente, que as autarquias devem agir e não reagir, aplicando medidas que possam minimizar essas dificuldades.
A Câmara Municipal deve agir! Com a atual folga de tesouraria (foram várias as atividades canceladas) tem de tomar a dianteira, tem de ter iniciativa.
Deixo, por agora, uma sugestão. A Câmara deve criar um programa de apoio direto à economia – afetando uma verba de 20.000€ numa primeira fase – e entregar a famílias carenciadas, ‘vouchers’ para serem descontados no comércio local. Desta forma, dinamiza a economia local e garante um apoio social essencial.
Não se trata de dar dinheiro às famílias, trata-se de dar poder de compra no comércio local, o que vai garantir, consequentemente, que esse poder de compra circule e chegue a toda a comunidade.