O Município de Vieira do Minho, e bem, está a aproveitar Fundos Comunitários para financiar investimentos municipais em obras nos variados espaços públicos, concretamente, nas praças e largos da Vila de Vieira do Minho.
Segundo se sabe, as obras que decorrem no Largo Professor Brás da Mota já deviam estar concluídas, uma vez ter sido expirado o prazo para a realização das mesmas, recordo, foi anunciado pelo edil, eu isso ouvi na RAA, que as mesmas estariam concluídas em Outubro passado, por altura da Feira da Ladra… mas nem na Feira do Ladra, nem no dia do Município, nem no Mercado da Castanha, nem no Natal, acrescento, nem nos Reis…
Importa, de facto, que as obras fiquem bem executadas e que os melhoramentos sejam reconhecidos como relevantes pela generalidade dos vieirenses – há quem se queixe dos constrangimentos das obras, quer durante todo o Verão, quer agora, nas proximidades das festas natalícias, a mim, francamente, não causaram qualquer tipo de inconveniente, pelo que, quem está prejudicado que manifeste a sua insatisfação pelos canais próprios, não ficando à espera que outros o façam por eles! Bem sei, custa dar a cara e afrontar o poder!
Depois da requalificação deste largo, seguir-se-á a praça central, junto ao coreto da terra, e ainda, a Rua Luís de Camões – esta artéria é das ruas que, presentemente, não precisa de qualquer reparação, pois, além ter um excelente piso em tapete betuminoso, tem bons passeios e lancis em granito, espaços de estacionamento e iluminação pública, bem melhor, por exemplo, que o arruamento por detrás do edifício da Câmara Municipal que já há muito merece um pavimento novo, por isso, não se compreende o capricho de querer gastar dinheiro, fazendo obras, onde as coisas até estão bem!
Também, estão previstas obras de requalificação da Praça do Bombeiro Voluntário, neste espaço, acrescento, bem falta fazem, pois, foi desde sempre secundarizado… Já dei de sugestão que o serviço do ”Turismo” deveria ser transferido para o centro da vila, concretamente, para as antigas escolas/biblioteca, aproveitando-se as instalações do edifício do Turismo para aí funcionar, por exemplo, um bar com esplanada de jardim – não faltarão interessados numa eventual concessão do espaço para esse efeito!
Aquando da requalificação desta Praça, na década de 90, criaram um arruamento sem saída, com dois sentidos, nada favorável à fluidez de trânsito no local, construíram espelhos de água que, já vi, parecem depósitos de lixos, tendo um espaço central sem qualquer tipo de utilidade, excepto uma vez ao ano, por altura da Feira da ladra, onde instalam um palco para os cantadores ao desafio.
Nesta Praça foi implantado um monumento ao Bombeiro Voluntário, num canto do quarteirão, próximo do antigo quartel e enquadrado com este. O monumento em causa, bem conseguido, diga-se, merece maior atenção e mais visibilidade – em tempos, quando tive responsabilidades nos Bombeiros locais, ainda pedi o abate de uma árvore e o corte de arbustos que escondiam, quase por completo, aquele monumento, melhoramento o que foi feito pela edilidade, ficando o espaço mais arejado.
Porque estão em fase de estudo e projecto os arranjos desta Praça, deveriam ter em atenção este monumento dedicado a todos os Bombeiros Voluntários, considerando a sua deslocalização para o centro da Praça, ou então, como há quem também defenda, e nada tenho contra, para as proximidades do actual quartel dos Bombeiros, afinal, aquele acesso principal ao centro da vila de Vieira do Minho designa-se, precisamente, Avenida dos Bombeiros, não faltando espaço entre a rotunda e quartel onde a mesma pudesse ser implantada.
Estou certo que nos serviços municipais há técnicos competentes para melhor solucionarem e enquadrarem a Estátua num espaço que a dignifique e torne útil – é ali, junto desse monumento, que o Corpo de Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho homenageia todos quantos serviram os Bombeiros enquanto Soldados da Paz da nossa terra, muitos deles, já falecidos.
A propósito, quando foi construído o Quartel novo dos Bombeiros ficou prometido fazer um jardim no terreno sobrante, no exterior, a ladear a EN304, mas isso, na verdade, não aconteceu: o “espaço de jardim” parece-se mais com um lameiro de barroso, onde crescem ervas, cujos fenos são cortadas de longe-a-longe, como se de um simples talude da estrada de trate… não tem sistema de rega, nem o passeio prometido, nem iluminação pública, tratando-se, nesta matéria, duma zona sombria, como pode ser constatado por todos os que ali passam.
Numa altura em que tanto se tem falado em iluminação pública, era altura de colocar luminárias nessa área em frente ao quartel dos Bombeiros e, até ao cruzamento de Loureiro/Atafona, nos postes de cimento que não tiveram direito a candeeiros de led! Já agora, o arruamento que ladeia o mesmo quartel, designado por Rua Armindo Vilaverde (toponímia atribuída a meu pedido, ou exigência formal, de maneira a homenagear o Segundo Comandante do QH dos Bombeiros de Vieira do Minho, cuja placa foi descerrada em 15 de Novembro de 2017, cerimónia onde não estive presente por razões que apenas o presidente da Câmara saberá – já agora, o apelido Vilaverde é todo junto, Vila Verde, é uma vila minhota, sede de concelho, ali para os lados do vale do Rio Homem) também merece iluminação pública, já confirmei, não tem uma única lâmpada e, nesse arruamento, há uma habitação… esquecida, portanto!
Assim, sugiro, aproveitem o ramal eléctrico da estrada de cima, no Lugar de Loureiro, e prolonguem a iluminação pública pela Rua Armindo Vilaverde até ao quartel dos Bombeiros – nas imediações do quartel poderão fazer um ramal subterrâneo sem causar danos e cortes no pavimento…
Façam o favor de dar um melhor aspecto à entrada da nossa terra, merece tanta dignidade de tratamento como os espaços centrais – a primeira impressão de uma qualquer localidade é a que conta e começa, precisamente, quando se chega à mesma, e a entrada da nossa terra está uma Vergonha, repito, uma Vergonha.
Então, Bom Natal para todos.