Recorrentemente o Presidente da Câmara tenta acusar e culpabilizar o PS pelo atraso ou mesmo falta de pagamento de salários dos funcionários ou colaboradores da APOSC.
Não vou, por agora, comentar esta particularidade de ser o Presidente da autarquia a tomar posição sobre as eventuais dificuldades de tesouraria de uma associação da qual não faz parte, nem como associado, nem como dirigente.
No entanto, não posso deixar de observar esta forma de passar culpas – neste e outros assuntos – muito característica do atual Presidente da Câmara Municipal.
Mesmo não estando mandatado pelo PS, deixo as algumas questões:
Será culpa do PS, os vereadores do PSD terem votado um protocolo de 200 mil euros, ao mesmo tempo que faziam parte dos órgãos sociais da APOSC;
Será culpa do PS a sede da associação ser o edifício da Câmara Municipal, quando os interesses de ambas são incompatíveis;
Será culpa do PS haver funcionários da APOSC que exercem funções em exclusivo para a autarquia;
Será culpa do PS a APOSC ter mais 40 funcionários e ter óbvias dificuldade de tesouraria para pagar os salários?
Não! A culpa não é do PS.
A culpa é de uma certa forma de ver e exercer o poder.
A culpa é de uma política despesista e de empregos de favor que mais tarde ou mais cedo, vai causar problemas à gestão da autarquia.
(Foto – Diário do Minho 25/11/2019)